DEUSA DOS POETAS
Ó deusa das minhas inspirações
Tu andas tão escondidas de mim
Não a acho mais nem nas minhas canções
Ou no recanto de um belo jardim.
Ó deusa de todos os poetas mortais
Que no momento estão procurando o que escrever
Entre versos de amores ou banais
Um bom motivo para te reviver.
Não suporto mais viver ao contento
Desta tortura a me torturar aos poucos.
Isto já esta me deixando quase louco
Que ao escrever não consigo, mesmo querendo.
Queria tanto a tua presença nesta hora
E sentir do que estou sentindo no peito
Pois assim me traria a paz que se aflora
E teus versos trariam, na alma, outro jeito.
Um jeito de saber que estais desejada
Nos dando fruto de escrever em prosas
Toda sua ânsia, desfeita em amores, almejada
Num suspiro com caricias deliciosas.
Vê se voltas ó musa profana
Não deixe um poeta a lastimar
Pois suas lamúrias trazem coisas insanas
Que, na sua falta, vive a chorar.
Um choro monótono e sem brilhantismo
Pois as magoas caiem como cachoeiras
Que não encontram caminhos, só o abismo
Abismo de amores perdidos e algumas traiçoeiras...