GRAMAS DE AMOR
À noite,
fica maior,
o desespero.
Ficam longas as horas.
Intermináveis.
Sozinho,
em meu quarto espero,
pelas caricias tuas.
Inimagináveis.
Quanto sonhei
com teu amor ardente.
Hoje um pesadelo,
faz-se presente,
no mesmo lugar
onde passamos,
o melhor da vida
hoje reduzida,
a nada.
Coloquei
tudo na balança,
e pesei,
em gramas de amor.
Esmaecido, relembro
das caricias atrevidas,
com que brindei
à vida.
Evidente,
que fui
inconseqüente.
Entretanto,
iniciado o caminho,
não há como
retornar sozinho.
Por isso,
vou ficar aqui,
amargurado,
e sem carinho.