DESPEDIDAS DO AMOR
Autoria – Regilene Rodrigues Neves
Pensei que quisesse meu coração,
Mas parece que já partiu...
Senti um aperto da saudade,
Uma sensação dos meus fracassos
Amarga no sabor das desilusões
A perda inevitável mais uma vez soma
Num coração, que de tão louco.
Por amor, perdeu-se dos sonhos...
Em algum lugar
Choram as rosas
Nas feridas dos espinhos
As lagrimas não molham
Mais a face dos sentimentos
Esgotadas nos meus ais de despedidas sôfregas
A alma compulsiva de amor
Tomada de poesia
Deleita em madrugadas frias
De solidão!
Tua essência é flâmula de paz
Na luta
Nem vencido
Nem vencedor
Só a batalha
De uma guerreira do amor!
Por vezes o coração
Toma-se de covardia
Em rebeldia
Maltrata o beija-flor
Sugador de afetos
Que sem destino me deixou...
O medo compartilha dos meus dias
Que se ocultam nas migalhas
Jogadas aos mendigos de carinhos
Por vezes me apego
Me arrasto aos pés da esperança
Num ultimo fôlego de sonhos...
Estações passam solitárias...
Na primavera flores se abrem
Plenas de sua beleza
Me ofertam as mais lindas,
Mas nunca colhidas pra mim...
O outono
Sopra lembranças...
O verão me aquece
Uma vez mais...
Até que chegue o inverno
Que embala o meu sempre
De despedidas frias do amor...
Em 10 de janeiro de 2006