O vazio

Quando sinto um grande vazio no peito,

e vou a nossa praça na madrugada,

sento no banco e tudo parece perfeito,

há paz na praça que pelo luar é iluminada.

Sinto a grandiosa presença de Deus,

nos cantos dos pássaros, na tranqüilidade,

Derrepente sinto falta dos carinhos seus,

e essa falta rouba a minha felicidade.

Não consigo as minhas lagrimas segurar,

e bate aquele ciúme bobo e incontrolável,

Bobo, por que ter ciúmes nada vai adiantar,

você não é mais a minha amada adorável.

Sei que nesta praça a poucas horas atrás,

você passou abraçada com seu novo amor,

e também sei que nem de mim lembra mais,

sou um idiota em sentir essa grande dor.

Pensava que você me amava de verdade,

mas você só gostava de ficar ao meu lado,

Eu que não percebia na minha simplicidade,

que você não me queria como um namorado.

Nunca te trai e mesmo assim fui traído,

Era fiel vinte e quatro horas por dia,

e em um minuto rapidamente fui substituído,

e ainda você me encara com essa alegria.

Você poderia ter antes comigo terminado,

Pelo menos você teria um pouco de dignidade,

feriria menos meu pobre coração apaixonado,

eu entenderia e não sentiria tanta infelicidade.

Luiz Antonio Ramos