IMAGEM FLUTUANTE

Durante tempos e décadas,

Vivemos sempre na esperança.

Acreditando conquistar

Um espaço relativo,

Entre o povo e a militância.

A vaca foi para o brejo,

Tudo volta ao negativo.

Sem me aprofundar na história,

Superficialmente posso notar:

Reforma agrária não se avançou,

Pobreza, pouco se alterou.

O desemprego estacionou.

Economia, oscilações normais.

Fome, prioridade, preguiças sociais.

Bolsa familia, equilíbrio conjunção.

Qual podéria ser o anzol da moral,

Prá ensinar o homem a pescar

Em busca da ética e educação.

Arar o humo da terra

Em busca da evolução.

Sementes e ferramentas

Devolver-lhe

Esses impostos normais,

Seria muitomais digno

Do que a esmola de cinqüenta reais.

Pouco se mudou.

Em resumo, é lamentavél.

Rodovias que roubam vidas.

Segurança e a saúde

Cada qual se defasou.

Luz elétrica para todos,

Telefone também.

Abriu as pernas nessa ciranda.

Ah! se não fosse o outddor...

Gastam, prá convencer na propaganda.

A classe baixa sonhou...

Um ano depois...

Esses dois bens,

Quem os requisitou.

Hoje já não os tem.

Casebres voltando ao escuro,

Quem planejou o telefone para comunicar.

Que decepção.

Aumentaram tanto...

Sendo necessário decepar.

O poder, quando não é poder,

Pensa isolado, com a mente é o coração.

Quando toma posse, esse pensar é derrotado,

Sem escrúpulo e sem razão,

No lugar do antigo sentimento,

Nascem impostos para o cofre,

Dividindo com a cupula e pagar a dívida da nação.

No entanto o que mudou?

O que transformou?

Foi a nossa convicção

Que essa gente assassinou.

Apagaram os refletores,

Não brilham mais os faróis.

Que pena!

Não podemos provar, o tal ditado

Que todos os políticos são iguais.

Dentro dessa geometria,

Existe trama comercial.

Mesmo assim...

Sou capaz.

Confrontando com histórico coloquial,

Reafirmo bis...

Minha confiança nessa faixa presidencial.

Descobri uma coisa, tirei como lição,

Não é o canudo que oferece

Sabedoria espirítual,

Mais sim, é a linguagem falada

Que se entendem por iqual.