Perdendo-te, encontrando-me

De volta aos bares, mulheres e bebidas!

Aos cigarros, tantos porres e tantas vidas!

Todas confusas, dispersas como eu...

mas... enfim, o que não se supera

é algo que já está superado,

escrito e sacramentado,

é aquilo o que já se viveu!

Entre as tantas coisas que não se pode mudar,

é estranho continuar sendo honesto,

quando quem mais amo, diz que não presto

e daí, só me resta uma opção:

Motim... revolta... revolução!

Adeus às regras do bom menino,

senhas trocadas, mais nada em comum!

Amar à distância foi a pior experiência,

conviver diariamente punindo minha consciência,

medindo meus atos, pra ser sincero,

fazendo tudo pelo que quero,

e não passando de mero "mais um"...

tantas idas e vindas...

do nada pra lugar nenhum...

cansei de tanto mostrar-me,

de tanto tentar fazer-te entender...

ter um presente do indicativo

que nada indicava, senão o que não tenho,

não posso, não devo, não ouso,

não arrisco, não aturo...

não saber pra onde vou, de onde venho

e manter-me no cárcere cativo...

lamentar um pretérito-imperfeito,

de um sonho desfeito em tanta realidade,

quando resolveria ter sido feliz de verdade,

sabendo-me o único em algum leito...

SATURNO
Enviado por SATURNO em 22/04/2008
Reeditado em 02/08/2013
Código do texto: T956528
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