Perdendo-te, encontrando-me
De volta aos bares, mulheres e bebidas!
Aos cigarros, tantos porres e tantas vidas!
Todas confusas, dispersas como eu...
mas... enfim, o que não se supera
é algo que já está superado,
escrito e sacramentado,
é aquilo o que já se viveu!
Entre as tantas coisas que não se pode mudar,
é estranho continuar sendo honesto,
quando quem mais amo, diz que não presto
e daí, só me resta uma opção:
Motim... revolta... revolução!
Adeus às regras do bom menino,
senhas trocadas, mais nada em comum!
Amar à distância foi a pior experiência,
conviver diariamente punindo minha consciência,
medindo meus atos, pra ser sincero,
fazendo tudo pelo que quero,
e não passando de mero "mais um"...
tantas idas e vindas...
do nada pra lugar nenhum...
cansei de tanto mostrar-me,
de tanto tentar fazer-te entender...
ter um presente do indicativo
que nada indicava, senão o que não tenho,
não posso, não devo, não ouso,
não arrisco, não aturo...
não saber pra onde vou, de onde venho
e manter-me no cárcere cativo...
lamentar um pretérito-imperfeito,
de um sonho desfeito em tanta realidade,
quando resolveria ter sido feliz de verdade,
sabendo-me o único em algum leito...