Sonhos velhos!
Como fossem folhas secas
meus sonhos despencam suavemente deste barro
pronunciando que em breve a noite chegará.
A neve calmamente prateia o negro véu
que a pálida face sustenta e lamenta
e o tronco desta videira, outrora firme,
já se enverga com o peso da idade
como se fosse beijar a terra
ou contar-lhe em segredo
como é triste a solidão dos sonhos órfãos.