QUIMERA
QUIMERA
Neuza Maria Spínola
Mas não passou sem uma grande tristeza,
Este amor, que poderia ser a nossa vida;
As alegrias de duas vidas ali resumidas,
Em sombras, mágoas e tantas incertezas.
São tantos os espinhos que nos dilaceraram,
São tantas as flores que mal brotaram,
Bateu um vento, sumiu a chuva, veio névoa e frio,
E morrem juntos, corações, flores e poesia.
Longas horas de angústia, em que se agitaram
Corações, que tímidos e aflitos se sentiram,
Vidas, em que toda a beleza de repente,
Escapa, pelas pedras, silenciosamente.
Foram sonhos e quimeras, que já não canto,
Sou passarinho preso, que cantava tanto,
Naquele peito havia um coração egoísta,
Que dizia amar-me, mesmo antes de pôr-me a vista.
Hoje o que temos é um jardim deserto,
Sem flores, amores, mas muito mato por perto,
Sem o brilho de amor puro, que de certo,
Perdeu a vontade de aspirar outro perfume.
Direitos Autorais registrados e reservados
ao livro- O Verso e o Poema
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=4160
http://neuzamariasp.wordpress.com
http://spinolapoesias.wordpress.com (genealogia)
http://www.recantodasletras.com.br/autores/poetaminas
http://overmundo.com.br/perfis/neuza-maria-spinola
http://pt.netlog.com/perfis/poetaminas
Pedidos do livro - poetaminas@hotmail.com