QUIMERA

QUIMERA

Neuza Maria Spínola

Mas não passou sem uma grande tristeza,

Este amor, que poderia ser a nossa vida;

As alegrias de duas vidas ali resumidas,

Em sombras, mágoas e tantas incertezas.

São tantos os espinhos que nos dilaceraram,

São tantas as flores que mal brotaram,

Bateu um vento, sumiu a chuva, veio névoa e frio,

E morrem juntos, corações, flores e poesia.

Longas horas de angústia, em que se agitaram

Corações, que tímidos e aflitos se sentiram,

Vidas, em que toda a beleza de repente,

Escapa, pelas pedras, silenciosamente.

Foram sonhos e quimeras, que já não canto,

Sou passarinho preso, que cantava tanto,

Naquele peito havia um coração egoísta,

Que dizia amar-me, mesmo antes de pôr-me a vista.

Hoje o que temos é um jardim deserto,

Sem flores, amores, mas muito mato por perto,

Sem o brilho de amor puro, que de certo,

Perdeu a vontade de aspirar outro perfume.

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