MARCAS INVISÍVEIS
Tenho medo da vida
Tenho medo da morte
Olha aqui essa ferida
Olha bem o meu corte
Desilusão com esta gente
Que existe em minha realidade
Não entende o que se sente
Não faz jus a própria idade
A imagem refletida no espelho
Mostra a face de um adulto
Que tem já cara de velho
E de corpo é só um vulto
Contraste marcante com a juventude
Alma de criança ainda permanece
Mas o corpo bruto influi na atitude
A vida nova infantil amortece
E nesse troca-troca de personagem
Fico perdida sem meu norte
Corto os laços com minha imagem
Fecha-se a vida, surge a morte