MARCAS INVISÍVEIS

Tenho medo da vida

Tenho medo da morte

Olha aqui essa ferida

Olha bem o meu corte

Desilusão com esta gente

Que existe em minha realidade

Não entende o que se sente

Não faz jus a própria idade

A imagem refletida no espelho

Mostra a face de um adulto

Que tem já cara de velho

E de corpo é só um vulto

Contraste marcante com a juventude

Alma de criança ainda permanece

Mas o corpo bruto influi na atitude

A vida nova infantil amortece

E nesse troca-troca de personagem

Fico perdida sem meu norte

Corto os laços com minha imagem

Fecha-se a vida, surge a morte

Yaçana Lima
Enviado por Yaçana Lima em 30/03/2008
Código do texto: T923799
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