UM ADEUS SEM SAUDADES
Foi naquela manhã atordoada,
Que vislumbrei sem poder dormir,
Acordei, e não pude olhar o sol,
Despontando no fim do horizonte.
Os meus olhos se direcionaram a porta,
Entreaberta, assustei-me sem a presença,
Da mulher que ventilou o meu corpo,
Assoprou com melodias e longas brisas.
Não obtive respostas confortantes,
Capazes de abrigar uma solução,
De uma discussão infindável,
Assolada por um barco sem rio.
Não poderás levar num adeus,
Os pedaços do meu eterno amor,
Que plantei por todo o teu corpo,
Das meiguices suaves e amor.
Não levarás o meu coração em diminuto,
Por onde tu andares, ele baterá dentro de ti,
Mostrando que eu estou só e te esperando,
Para findarmos a nossa história de amor.
Foi naquela manhã atordoada,
Que vislumbrei sem poder dormir,
Que as emoções podem falar mais alto,
Até mesmo o silêncio dói no desprezo.
Marcado por uma furtiva idolatria,
Alambrado por tantas incertezas,
Que eu não posso mais consentir,
Uma partida sem opinião injustificável.
Por isso eu te digo com clareza,
Não se pode levar num adeus,
Pedaços do meu eterno amor,
Por que eu te amo e te quero feliz,
Plantada no meu corpo, eu serei teu.
Sem delongas, vou procurar te esquecer,
É o único asterisco que posso fazer,
Não revendo nos meus olhos a tua efígie,
Despedaçando o passado para não me arrepender.