CONFLITOS
Encontro-me, por vezes, em uma encruzilhada,
De difícil acesso e escalada
Onde, ao chegar, não me permito sair.
São tantas as dúvidas que me atormentam
E tais as dores que me sustentam,
Que não tenho para onde ir...
Temerosa, tento abafar os meus conflitos,
No emaranhado intrínseco e maldito
Turbilhão, que em mim povoa
De estranhos sentimentos, não identificados,
Que se me fora possível, os teria matado,
Porquanto essa idéia, doa!
Luto, extrapolando todos os meus limites,
Na ilusão do amor que inexiste
Nesse coração em chamas.
Se ousasse anular o desejo entumescido,
Esse sonho fugaz terei vencido,
E calarei a fera que em mim clama!