DESTINO

049 - DESTINO

DE: MARCELO GUIDO

EM: 29.SET.1998 ÀS 01:33: 43H

P/: PATRÍCIA ARAÚJO

EM: GUARULHOS/SP

HISTÓRICO: Julguei que este seria o derradeiro poema da Era Patty. Nessa época imperou a mágoa que se diluiu com o tempo e eu consegui analisar que as ações de Patty visavam minha proteção, mesmo contra minha vontade. Mal sabia que esse sentimento tornar-se-ia uma lenda viva para minha alma ao me conduzir para a “Luz...”, mas passando primeiramente por Adriana e por Luana Monteiro. Meu crescimento graduou-se mais ainda e aprendi a ser forte na fraqueza, valente na covardia, tudo no nada, etc... A Era Patty foi bela e triste como puderam comprovar no desenrolar dos poemas: o que começou numa despretensiosa amizade foi findo num coquetel de mágoas e culpas que nenhum de nós dois quisemos assumir, mas que, na íntegra, éramos, ambos, os culpados. Esse sentimento foi um aprendizado perpétuo, visto que aprendi as façanhas de um sentimento que assume formas de camaleão e nos surpreende com súbitos e irreversíveis sobressaltos que nunca se expiram e apenas alteram momentaneamente suas formas: o nome desse sentimento? O Amor é evidente!...

Em suas palavras encontrei razão

Nas formas, a inspiração

Nos olhos, a paixão intensa

Na fé, o real amor...

Mas em seu temor descobri a tristeza

Na indecisão, a mágoa

Na conveniência, o desespero

No desprezo, a morte fulminante...

Hoje, destruição me aguarda

Nada mais me consola

E meu sentimento afunda-se em trevas

Que impede meu coração de se regenerar...

... À destruição estou condenado

Devido à imprudência do seu desamor

Que, insano, me liquidou

Conduzindo para o túmulo minhas singelas intenções

Corroendo a alma que, outrora, ousou se render

Pelo néctar da extinta luz dos seus dons...