DESILUSÃO
Carrego num jacá minhas lágrimas derramadas,
Sou erva daninha entre as flores amadas
Trago na alma, um sentimento triste
E nos lábios, uma expressão destituída de sentido
Ronda-me o universo com tudo que existe,
O chão fugiu-me aos pés, sonho desiludido
E o que me pesa no peito e na alma ?
Senão os espinhos que guardei na palma ?
Sentimento n’alma carregado de ilusão
E nada justifica estancar os meus passos
Tudo é efêmero e se despenca na perdição
Deixando no rosto marcado, seus traços !
E como não ter ilusão se o oposto é a desilusão;
A mente clama por realidade mas o farto coração,
Ao se debruçar na janela, frente para o mundo
Só enxerga reflexos do que há em si mesmo...Não!
Não mais serei vítima frente ao poço profundo
Pois quem entrega os pontos, perde de vez a razão !