DESATINO (Cala-me no peito,a verdade ...)
Cala-me no peito,a verdade:
Sou prisioneira do tempo
E entre as grades do pensamento,
Eu clamo por liberdade!
No brilho dos olhos,um fôsco:
Sou de mim mesma,o carrasco,
Deparo-me no espelho com asco
E afasto, sentida,o meu rosto...
Quem sou afinal, Quem sou eu?
Dissipou-se meu sonho em lodos
E dentre esses caminhos todos...
Em qual deles se perdeu?
Quem sabe, um dia,talvez,
Andando perdida no espaço,
Às voltas das coisas que faço,
Eu possa encontrar-me de vez!