CANSADO

Meu corpo cansado, dilacerado

É só o que restou de mim.

Pedaços de mim estão marcados

De dores e saudades sem fim.

Meus poemas sem concordância

São frutos da minha imaginação.

Sou apenas um cisco dessa existência,

Pó sem consagração.

Seres infames cobrem essa esfera,

Hipócritas dessa vida vão.

Por que essa empáfia se a morte nos espera?

Tua riqueza ficará enterrada no chão.

Estou cansado dessa podridão,

Quero explodir, tornar-me um ser celeste,

Quimera nessa imensidão,

Longe desses homens pestes.

Minha vida cansada, anda na contra-mão,

Não suporto mais essa sociedade torpe,

Pessoas brotando devassidão,

Imensuráveis lixos desnobre.

Luiz Carlos Santos
Enviado por Luiz Carlos Santos em 22/03/2008
Código do texto: T911764
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