Duplo silêncio!
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Ilimitável espaço
Submersa... Viajo
Em meu abrangente silêncio!
Deixo-te perdido no teu!
Em meu silêncio não há vagas!
Mas há... Aínda flores!
Que se recusam a fenecer,
nas lacunas amargas!
As lágrimas do meu silêncio,
esterilizam o meu ser!
Paralelos silêncios...
Nas entrelinhas...
Súplicas de um consenso!
Meu silêncio... Onde me guardo,
do teu silêncio que nada sei!
Por mais que eu queira,
teu silêncio... Jamais alcancei!
Pois dele te farta!
Sem divisas... Por inteiro!
Onde eu temo... Que o nada te espere!
Pois fechastes...
Dos teus sonhos, o caminho!
Esquecestes...
Que sonhos, não são quimeras,
E que sem eles...
Nas vindouras primaveras...
Se não houver flores!
Será nulo o esplendor!
E como um pobre beija-flor...
Sem néctar...
Voará sozinho!
20/03/2008