Nobreza
Aceite a sede
Que bebe-lhe por dentro,
Saciando-se com sangue,
Eternizando-se na carne.
Toque a ferida ardente,
Quente e exalante,
E descarte os restos
De um coração há muito despedaçado.
Celebre esta promíscua devoração!
Como em uma festa entre as ondas,
Ou uma dança entre a alcatéia,
A alegria se afoga em qualquer copo profano
De qualquer coisa que vos faça delirar.
Diáconos da perfídia!
Papisas da traição!
Malditos sejam seus egos e suas mãos,
Que floreiam o doloroso golpe de um punhal.