Quase Nada

Vivia o pobre poeta a desejar

a mais bela rima do universo

E embora a procurasse até cansar

Não pode acha-la, o fado era adverso

Quis imitar as aves a cantar

fazendo um retornelo para o verso

tentou plagiar a voz do velho mar

tentou reter da lira o som disperso...

ele buscou mil cores, sons, perfumes

dos baixos areiais aos altos cumes

da estrela que reluz, ao malmequer

Em vão buscou a musa indiferente

negou-lhe a inspiração deu-lhe somente

Um quase nada_ um nome de mulher!

POETA ELOQUENTE
Enviado por POETA ELOQUENTE em 16/03/2008
Código do texto: T903645
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