Desamor

Esse amor,

Sem amor,

À tua espera!

Por mais que lhe diga,

Vai-te embora!

Já perdeste o encanto,

Já passaste da hora,

Já não te quero mais,

Alguém por ti não chora!

O poeta se foi com a cantiga...

É preciso que eu minta?!

É preciso que eu jure?

Esquece essa dor, não se amargure...

Esquece essa cara de ventura,

Por agradar a quem por ti,

Faz “cara dura”

Esquece-esquece-esquece-esquece!

...

Se o coração não sabe responder,

Se a razão não sabe o que dizer,

Se mesmo a mim,

Esse amor atraiçoa,

Se assim ferido,

Ao seu amor perdoa,

E se lembrando,

Ele se faz que esquece...

Vive morrendo,

Igual a quem padece

Vive mentindo,

Negando a própria espécie

Sendo contrário a tudo que escreveu?!

Por que se perde a alma

Nesse labirinto?!

Por que se espelha o ódio

Ao mesmo amor,

Se são todos reflexos

Do que sinto?

Maria do Carmo Celestino
Enviado por Maria do Carmo Celestino em 14/03/2008
Reeditado em 14/03/2008
Código do texto: T900854