Não adianta
Deitei meus sentimentos numa folha,
para quem sabe eternizar,
o que não mais existe,
o que acabado está.
De nada adianta, eu pensei,
reviver o que morreu,
se nunca mais o verei,
se você já me esqueceu.
Quando eu quem sabe esquecer,
talvez eu cale esta voz,
que não quer se emudecer,
que em mim se faz atroz.
Inimiga de mim sou eu,
que me ponho aqui a pensar,
que escrevo palavras sem rumo,
nas quais estou a me debruçar.
De nada adianta escrever,
se eu não tenho você,
e não adianta querer,
se a você não posso ter.