INÚTEIS SERENATAS
É nas noites estreladas,
Que componho o meu poema.
Recolhi flores
Que inspiraram amores,
E desamores
Apenas.
Tu não te lembras do violão,
Que me acompanhou nas madrugadas,
Noites frias e estreladas,
Em que te entreguei meu coração?
Quantas flores te dediquei,
Embrulhadas no meu pedido,
Mas tu já havias decidido
Que não era meu o teu amor!
Foi na dor do abandono
Que aprendi a ser feliz,
Não foi tudo o que eu quis,
Mas o que quis,
Já tinha dono.