PROSTITUTAS
Não há nenhuma poesia no paredão...
Tristeza, vícios, solidão, desamparo...
Parir filhos bastardos e indesejados...
Dores e fome já não bastavam a sua?
Vender o que deveria ser objeto de paixão
Negociar vil e barato o corpo tão caro
Levar a culpa de todos os pecados
Ainda ser chamada de mulher da rua...
Hematomas, cortes, feridas, cafetões
AIDS, sífilis, tantas outras infecções
Tarados, doentes, velhos, sujos, feios
Não eram esses seus infantis anseios...
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