AQUELE INÚTIL AMOR
Lutei – vã luta! – no cogitar guardá-la como minha
De tudo fiz, até perdoei suas constantes escapadelas
Fechei os olhos às traições, vi-me a chamar-te rainha
A tu, que passavas as tardes debruçada nas janelas
A seduzir quantos de teu interesse por ali transitavam
O título, portanto, não te cabe, és pérfida criatura
Megera e sorrateira – quantos homens te visitavam!
À minha presença, contudo, querias apresentar-te pura
Cansei, tu me enganaste desde sempre, fui pobre tolo
Em teus braços sujos de falsidade eu buscava consolo
Mas cada dedo de sua mão era como o aço do punhal
E, mesmo machucado, sofrendo sem perceber, eu sorria
Lembrando a vítima a beijar do carrasco a mão fria
Tu, víbora, recebias amor e afeto e retribuías com o mal
Lutei – vã luta! – no cogitar guardá-la como minha
De tudo fiz, até perdoei suas constantes escapadelas
Fechei os olhos às traições, vi-me a chamar-te rainha
A tu, que passavas as tardes debruçada nas janelas
A seduzir quantos de teu interesse por ali transitavam
O título, portanto, não te cabe, és pérfida criatura
Megera e sorrateira – quantos homens te visitavam!
À minha presença, contudo, querias apresentar-te pura
Cansei, tu me enganaste desde sempre, fui pobre tolo
Em teus braços sujos de falsidade eu buscava consolo
Mas cada dedo de sua mão era como o aço do punhal
E, mesmo machucado, sofrendo sem perceber, eu sorria
Lembrando a vítima a beijar do carrasco a mão fria
Tu, víbora, recebias amor e afeto e retribuías com o mal