Ecos vazios
Pessoas sem emoção
Muitas vezes são
Como ecos vazios
Vazios de indução
Vazios de solidão...
Somente vazios...
Pessoas que vêm e vão
Na mão e na contramão
De um elo perdido, são como são
Pois perdeu-se o encantamento
Gelou-se o sentimento
Com o ice-berg do tempo...
Pessoas que não terão
Felizes o coração
Pelo seu cordão
De isolamento
Respeito a opinião
De que pessoas nada mais são
Do que folhas soltas
Que voam ao vento...
Ainda resta dizer
Que além de mim e de você
Existe um universo, latente
Não dá pra retroceder
Matei o que tinha de morrer
Com sua ajuda, com o seu silêncio...
Que espécie de pessoa é você?
Eu nunca irei saber
Porque construí um falso ídolo
Que por dias adorei
E que agora pisarei
Com total desprezo
Com fatal ironia
Será que assim agirei?
Não sei
Não faz parte da pessoa que sou
Pessoas como eu
Você não vai mais encontrar
A não ser só pra olhar
De longe...
Porque eu não estou mais perto
Sou uma flor no deserto
Onde ninguém mais passará
Vicejo, brilho, ofego
E não há ninguém por lá
Talvez eu precise mudar
Sei lá
A vida é um crescente caminhar
Um ir e vir constante
Nada parece estar completo
É um mundo incerto
De dias oscilantes...
Salvador, 05/01/08 9h 11min