A lágrima que Acalma.
Sou a flor sem perfume
Àrvore sem ninho e sombra
Primavera sem flores
coração sem amores.
Sou um céu sem estrelas e sem luar,
A praia sem o mar
o deseto sem oásis e sem a doçura da tâmara.
Sou a noite eterna, que não tem fim.
Sou as manhães sem luz e sem as borboletas azuis,
As tardes sem crepúsculo,
A alma que vaga solitária pelos descaminhos da vida.
Sou o olhar sem brilho, o coração sem esperança,
o verão sem a brisa que refresca.
Sou o fracasso da vida,vitória do nada
a vida derrotada. Sou o amor e ódio, a morte e a vida.
Passarinho que jamais cantou. A cigarra muda,
o pântano sem a beleza do lírio,
a oração sem a fé.
Sou um grande blefe, a mentira verdadeira
A ilusão da desilusão. A vitória do fracasso ou o fracasso que jamais venceu.
Sou o pecado da destruição. O fim do princípio.
A luz e as trevas, o tudo e o nada, a vida e a morte.
Afinal quem sou?
Um louco? Um poeta?
Não! Apenas um coração solitário.