DESENLACE

Na etérea região do pensamento

Onde sonho dia e noite, sem cessar,

Ecoam graves, as notas de um lamento,

Que busco com o riso disfarçar...

Embora cante e ria, todavia

Sofro, no recôndito da alma,

Sofrimento que passará um dia,

Quando vier por fim a doce calma !

Enquanto pois, os anos se escoam

E vivo como ridículo palhaço,

Corpos tombam, almas voam

E reunem-se à outras no espaço !

Espro pois, o grande desenlace

Que talvez abra-me novos horizontes...

Planícies onde talvez andasse

Obreador em busca de outros montes....

Isabel Porto
Enviado por Isabel Porto em 23/02/2008
Reeditado em 02/05/2010
Código do texto: T872105
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