DESENLACE
Na etérea região do pensamento
Onde sonho dia e noite, sem cessar,
Ecoam graves, as notas de um lamento,
Que busco com o riso disfarçar...
Embora cante e ria, todavia
Sofro, no recôndito da alma,
Sofrimento que passará um dia,
Quando vier por fim a doce calma !
Enquanto pois, os anos se escoam
E vivo como ridículo palhaço,
Corpos tombam, almas voam
E reunem-se à outras no espaço !
Espro pois, o grande desenlace
Que talvez abra-me novos horizontes...
Planícies onde talvez andasse
Obreador em busca de outros montes....