O Poeta
Incessível sonho
Insaturável! Ideal! Desejo cruel
Fugaz ilusão
Que seja em vão quando
Sobre mim te levantar
Que a luz da razão não me sapeque,
Ó noite, e este desejo insano.
Que minha boca não tenha
Tantos murmúrios profanos
Que meu corpo não seja um
Tumulo, onde jaz.
Meu espírito indeciso,
Para pouco brilhar um sorriso
Treme um brilho fugitivo;
Não quero percorrer estradas vazias
Nem entrar em desespero
Muito menos ser alvo de injurias
Pela boca faminta semi aperfeiçoada
De meu próprio ser
Ó noite! Nas mais profundas
Meditação não deixe recair meus
Pensamentos sou o dono meus sentimentos
Nestas intensas vibrações
Ainda quero continuar com
Meu Palácio de ilusões.