O NAUFRÁGIO DA CONSCIÊNCIA
Os destroços do tempo são para mim,
Os destroços da minha própria alma !
Foi de um naufrágio que certamente eu vim,
Pois sobrevivo, pedindo-me calma !
Ainda há sons da grande agonia ...
Do eco dos gritos dos naufragados !
Eu era um deles ... em algum dia,
Ouço as vozes e vejo gestos largados.
Volto à superfície das águas da vida
E procuro viver num suspiro profundo ...
Nas margens contornadas da grande lida,
Sinto, não mais pertencer a este mundo !