Separação

*Separação

Magnificamente completa

E não preenche ninguém, esvazia

Maluquece, enobrece o fraco

Repudia, escondia o sempre

Como um rio crescente aos galhos e raízes

Complementa o nada

Os que sentem o vácuo não sabem o que fazem

Ficam a mercê do tempo

que, logicamente, não se segue jamais

Desaba o futuro, reconhece o arder

Não chove no verde

Mata o que se tem de matar

Rasga o sorriso, rejeita o perdão

Alimenta as lágrimas, mostra o abismo

Cumprimenta a solidão, foge da liberdade

Sabe lá quando, se olhar pra trás

Simplesmente envenena

Bugarim