APOCALIPSE MEDONHO
O sol quente
Bate nos meus olhos
O dia me diz
Que pertenço
A este tempo
Onde o sonho
É um estilhaço
Rondando as contigências
Enquanto
A vida amanhece
Caminhando provisoriamente
Pelo tempo
Deixando no vácuo
Todas as reticências
Persigo a esperança
Antes que venha o dilaceramento
E sejamos cuspidos
Para dentro de um apocalipse medonho
Onde vejamos apenas o fim
Ou o começo do sonho.