OLHOS DO TEMPO
Impotente
Olho o tempo
Que aos homens
E a tudo devassa
Não sei se passo
Por todas as coisas
Ou se é tudo que
Por mim passa
A luz do futuro
Brilha e ameaça
Nada clareia
A tudo embaça
O sonho se equilibra
A morte nos caça
O tempo consome
A vida escassa