Porta Trancada

A tempos atrás eu abria minha porta a todos,

Estendia a melhor toalha na mesa,

Colocava mais pratos,

Servia com abundância sorrindo.

Porque pensava que amar era servir

E servindo estaria sempre cercado de amigos.

Mas descobri amarga e dolorosamente que,

Gratidão e amor não se serve só em pratos finos, E que nem todos que sorriem pra mim são dignos da minha mesa.

Hoje continuo acreditando no amor,

E sei que ele abre portas,

Mas aprendi a deixá-la trancada,

A olhar quem bate antes de abrir,

E que nem todos merecem sentar a minha mesa.