Ecos de você

Cada rosto que eu via

buscava encontrar tua feição,

mas, constantemente, eu sentia

que vivia em negação.

Minhas mãos, sempre frias,

tentavam achar teu calor,

tatuando corpos vazios

que também buscavam amor.

Mal sabia eu que era enganação:

enganava a mim mesma,

enganava o coração,

ao pensar que um dia

venceria essa paixão.

Eu me perdi, assumo,

estou presa nessa ilusão,

correndo sem saber aonde ir,

seguindo sem direção.

Teu nome ecoa em meu ser,

tua voz sussurra e desperta.

Sinto-te viva em mim,

mas busco a pessoa certa.

Olho nos olhos da ilusão

e minto sobre a paixão.

Talvez assim eu me sinta acompanhado,

mesmo sem ter você ao lado.

Ecos da poesia
Enviado por Ecos da poesia em 13/03/2025
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