O corpo seco
A tarde cai,
o sol boceja no horizonte,
pessoas correm, labuta diária,
ciclo sem fim, finda mais um dia.
Ninguém vê o sol sonolento,
nem ouve os pássaros ao vento,
ao longe, sinfonia de sapos,
nuvens densas, temporal se anuncia.
Alheio, sigo meu caminho,
sem destino, sem pegadas,
força interior, montes me chamam,
serras, morros, estrelas me acenam.
Lembrança do passado,
amor verdadeiro, pura ilusão,
a quem não me queria,
entreguei meu coração,
Falsas declarações,
Por um tempo, me fizeram feliz,
Mas um dia, o véu da verdade se abriu,
Eu desabei com a cruel realidade.
Agora, corpo seco, coração morto,
tristeza e amargura, sombras do meu caminho,
Meu fim foi decretado, o preço paguei, contudo,
Apesar dessa dor profunda, liberdade eu encontrei.