SUPREMA DESVENTURA
O amor,
O amor é a minha suprema desventura,
A ferida que rasga a minha alma
O eco soluçante de meu coração...
Nas mãos do tempo
Perdi a minha imagem
Tudo é amargo
Tudo é indiferente
O desamor é minha herança
O grito silencioso rompe cada despertar
Quando amanhece, o dia fica imóvel.
Eu desço a procura de uma certeza radiosa
Sinto desamparada, desiludida.
Sem direito a luz
Procuro as trevas
Fujo do véu da claridade
Refugio-me na reminiscência
Das palavras de amor que outrora
Ouvi de lábios carentes...
Não compreendi... Segui pelo negror da noite