Fractal desconstruído

Fractal desconstruído

No teu sorriso, sempre meigo e infinitamente doce

Este que sou, pobre mortal, encontrou sossego e paz

O som sereno da tua voz rouca, invade e se esconde

Nesta minha alma dolorida, quase morta

Em teu sorriso alegre em demasia, hipnotizante simpatia

Oh meu Deus!

Perdi o tato?

Perdi a poesia?

Meus versejar faleceu, faliu em meu coração

Aquele poeta louco, apaixonado

Em minhas palavras não encontro mais sentido

O sentido da vida, sua vida

Aflito, feito louco grito, clamando por ti

Traga de volta para mim, amor meu

Aquilo que me era alegria plena de viver

Nesta ausência cruel da tua angelical presença

Foi-se tudo

O verbo

A rima

A alegria

A alma

Você

Eu mesmo me fui de mim mesmo, afinal

nem vivo mais estava

Josemar Fonseca
Enviado por Josemar Fonseca em 27/12/2024
Código do texto: T8228451
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