O ato de ignorar e ser só
Eu planejava partir,
Correr pelo mundo a descobrir.
Tu pediste que eu ficasse,
Para juntos aproveitarmos o que nos fizesse.
Olhei-te, cheia de timidez,
Não queria ser a incerteza.
Tu disseste que anseiaste por minha presença,
E eu entreguei-te minha crença.
O sol ardia no céu,
Eu contemplava as janelas,
Vendo os portões,
E as ruas tão belas.
O tempo ia escurecendo,
Eu aguardava no sofá,
Esperando contar os contornos,
Enquanto me deixava embalar.
Tu mandaste uma mensagem fria,
Trouxe à mente uma melancolia.
Eu sabia que não poderia ficar,
Certa de que iria atrapalhar.
Ato de ignorar,
Fez-me refletir,
O que posso esperar,
Escondido atrás do sol a sorrir?
Agora é aproveitar a noite,
Sozinha,
Vazia,
Fria.