VIDA MAIS MORTA [reedição]
Trapos de mim...
estou chorando minha própria morte.
O coração, que já não era mais meu,
desprende-se de meus braços,
deixando-me indefeso aos desesperos do sentimento.
E o amor?
O amor que tanto fazia a alma brilhar?
Quê desgraça o acometeu?
Ah, o amor...
O amor se fez nulo...
já não me pertence mais;
se invalidou ao meu ser.
Aniquilou, enfim...
toda vida que habitava em mim.
Que vida vazia,
que vida mais morta.
Meu amor criou asas...
e nem levou-me consigo.
Meu braço direito,
minha cara metade,
deixou-me sozinho...
restou-me a miragem.
Voou que nem vi...
partiu para longe,
sem dó nem piedade.
Tirou-me o sorriso,
deixou-me a saudade.
Agora ando sem rumo,
procuro por um ninguém de nome qualquer.
Estou perdido num sonho que diz:
Ela está naquela cidade...
está em seu coração;
recanto de amor e paixão.
Ela está em você,
mas hoje te diz...
Não... não... não.
Maximiniano J. M. da Silva - terça, 23 de maio de 2006
Max Moraes - quarta, 04 de dezembro de 2024