Beco sem saída

Eu sei que poderia ser diferente

Sei que todos esperavam mais de mim

Tenho sido rude, caótica e displicente

Desde que fui ao meu limite, voltei assim

Entre altos e baixos, becos sem saída

Às vezes, me perco em meio à multidão

Choro baixinho num canto encolhida

E escondo do mundo, minha desilusão

Não demora, enxugo minhas tristezas

Limpo vestígios da minha morte e renasço

Sigo carregando meu fardo de incertezas

Visto meu melhor sorriso e disfarço

A vida segue seu rumo, inquieta e veloz

Eu sigo devagar, empurrada pelo tempo

Desviando de monstros, desatando nós

Olhando de fora, tudo ruindo por dentro

Ro Neg
Enviado por Ro Neg em 01/12/2024
Código do texto: T8209684
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