Beco sem saída
Eu sei que poderia ser diferente
Sei que todos esperavam mais de mim
Tenho sido rude, caótica e displicente
Desde que fui ao meu limite, voltei assim
Entre altos e baixos, becos sem saída
Às vezes, me perco em meio à multidão
Choro baixinho num canto encolhida
E escondo do mundo, minha desilusão
Não demora, enxugo minhas tristezas
Limpo vestígios da minha morte e renasço
Sigo carregando meu fardo de incertezas
Visto meu melhor sorriso e disfarço
A vida segue seu rumo, inquieta e veloz
Eu sigo devagar, empurrada pelo tempo
Desviando de monstros, desatando nós
Olhando de fora, tudo ruindo por dentro