NÃO ACREDITO MAIS
Cheguei ao limite!
Não dá mais!
Quero sair daqui!
Por onde saio?
Não acredito mais
Nem quero acreditar,
Toda vez que acreditei
Só consegui me ferrar.
Descrente das pessoas,
Desse mundo que regride,
Gente chata e feroz,
Como bicho lá da selva.
Uma selva de pedras,
De tijolos e lajes frias,
Onde senhores engravatados
Reivindicam a primazia.
Tratam pessoas como nada,
Dão-lhes migalhas ao chão,
Como se fossem joias,
Dadas em favor,
Fazem o que é sua obrigação.
Enganam, brigam por tudo,
Depois entram em acordos,
Onde só o povo não leva nada,
Nem mesmo uma rebarba.
Eu não acredito mais
Em quem se diz honesto,
Depois usa o que não é seu,
Para fazer belo gesto.
São insensíveis, para dizer o mínimo,
Pensam apenas em si mesmos,
Nada fazem por quem precisa,
Que fica refém em seus cercados.
Juro por mim mesmo,
Que não acredito mais.
Podem vir com seu papinho,
De mim não levam um nada!