PRIMAVERA NO VIDRO
Primavera escorrendo no vidro da janela
são gotas de esperança que descem alucinadas;
respingos frenéticos, velozes, incessantes
trazendo lembranças em tardes nubladas.
Será que só eu é que enxergo a tristeza
por olhos embotados de saudade e solidão(?)
Será que um anjo virá me abraçar
ou continuarei deitado no frio e duro chão(?)
Bem que a porta podia se abrir agora
e trazer boas nova pra dentro de mim
Já tá bom, já sofri, tu já me deste o troco
agora vê se vem e alivia esse meu peito, um pouco.
Faz qualquer coisa de pressa, eu imploro.
Entra gritando, chutando, xingando.
Não aguento mais o meu coração chorando
e nem contar, da janela os dias passando.
Logo, o verão trará seu calor
mas de que adianta, as estações são todas iguais
Desde o dia em que viraste-me as costas
não tenho mais tido um dia de paz.
Escorrem gotas e pingos outra vez
que secam e deixam marcas na janela.
Será mais uma estação sem cor e sem graça
ou outra primavera, tal qual foi aquela(?)