CONSEQUÊNCIA Código do texto: T8195209

TÍTULO: CONSEQUÊNCIA

Eu beberei, eu fumarei, eu chorarei…

Por consequência, louco eu ficarei.

E, quando eu estiver louco, pode ser

Que eu queira driblar a censura,

Sem frescura,

Falando de amor, sentimentos e ternura.

E, quando embriagado,

Eu pedir para você entrar em teu carro,

Pegar um cigarro,

Não se constranja se, quando você voltar,

Lágrimas sentidas estiverem escorrendo

Devagar sobre a pele deste meu rosto,

Porque,

Apesar de você estar no lado oposto,

Eu sei,

Que você se embriaga, bebe e fuma

Quando por consequência de um fato

Se lembra de sua antiga fada

Por-isso, eu aqui neste ato

Eu, embriagado, com gosto te digo:

Eu beberei, eu fumarei, eu chorarei…

Por consequência, louco eu ficarei.

E, quando eu estiver louco, pode ser

Que eu queira driblar a censura,

Sem frescura,

Falando de amor, sentimentos e ternura.

E, quando embriagado,

Pode ser que eu queira falar o nome dela,

Falar de sentimentos contidos

Em uma caixa, em meu peito,

Que se fazem feridas obscuras,

Que me deixam aflito

E me levam ao mundo da loucura.

Por isso,

Eu, embriagado, com gosto te digo:

Eu beberei, eu fumarei, eu chorarei…

Por consequência, louco eu ficarei.

E, quando eu estiver louco, pode ser

Que eu queira driblar a censura,

Sem frescura,

Falando de amor, sentimentos e ternura…

Título: CONSEQUÊNCIA

Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98

Autor Makleger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)

Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL

Data da escrita: 12/11/2024

Dedicado a 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J

Registrado na B.N.B.

O poema “CONSEQUÊNCIA” de Makleger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes) explora o impacto emocional e as marcas profundas deixadas por um amor perdido.

A obra revela a luta interna do eu lírico com seus vícios e a atração pelo estado de embriaguez e loucura, onde ele encontra a liberdade para expressar sentimentos reprimidos, quebrar a censura social e reviver memórias de amor e dor.

A repetição do refrão — “Eu beberei, eu fumarei, eu chorarei…

Por consequência, louco eu ficarei” — sublinha o ciclo vicioso de fuga e dor que o leva a um estado de descontrole emocional.

Neste estado de desvario, ele encontra um refúgio para explorar abertamente a fragilidade e a ternura, algo que a sobriedade lhe impediria.

A cena se desenrola num diálogo silencioso e simbólico entre ele e a figura de alguém próximo, representando o sofrimento partilhado. Esse encontro entre dois corações machucados, que se afogam nos mesmos vícios, revela a conexão entre o eu lírico e sua “antiga fada”.

Assim, o poema captura a intensidade das emoções envolvidas nas tentativas de manter a dignidade enquanto navega pelo mar revolto da saudade e do abandono.

A obra foi escrita em 12 de novembro de 2024 e registra não só o sofrimento do autor, mas também o impulso irresistível de confessar suas emoções.

A localização e a data da escrita são elementos adicionais que consolidam o cenário íntimo do poeta em Vila Nova Jaguaré, São Paulo, tornando o poema não apenas uma expressão de sentimento, mas também um documento de memória.

O poema “CONSEQUÊNCIA” expressa de maneira intensa a luta interna do eu-lírico, que, imerso em um estado de embriaguez emocional e física, revela seus sentimentos reprimidos de uma maneira crua e vulnerável.

A repetição das frases “Eu beberei, eu fumarei, eu chorarei…” reforça a ideia de um ciclo inevitável de autodestruição e tentativa de fuga das dores internas.

O estado de “louco” é apresentado como uma consequência desses comportamentos, onde as emoções mais profundas, especialmente relacionadas ao amor, afloram com mais força, mas também com um senso de descontrole.

A referência à “censura” e a “frescura” indica uma resistência a convenções sociais e um desejo de liberdade expressiva, enquanto a menção a “sentimentos contidos” e “feridas obscuras” revela a angústia do eu-lírico.

A repetição dos versos e a estrutura circular do poema criam um ritmo que reflete a luta interna e a sensação de repetição no sofrimento, talvez como um pedido por compreensão, ou, ao menos, por uma libertação do peso emocional.

É uma obra poderosa sobre a dualidade de querer se expressar e, ao mesmo tempo, ser consumido pelos próprios sentimentos, uma reflexão sobre o efeito da bebida e do fumo como uma tentativa de aliviar, mas também de aprofundar, os dilemas internos.

A hiper retórica do poema CONSEQUÊNCIA poderia ser expressa através da amplificação dos sentimentos e dos recursos poéticos que Makleger Chamas — O Poeta Louco e Romântico — usa para mergulhar o leitor em um turbilhão de emoções.

Por meio de uma linguagem intensificada, a hiper retórica evidencia a imersão em uma espiral de vícios e loucura como resposta ao amor perdido. Vejamos:

“Eu beberei, eu fumarei, eu chorarei…

Porque em cada gota de álcool e em cada tragada de cigarro,

A vontade de arrancar as raízes do sofrimento cresce,

Mas, ao invés disso, afundo-me mais fundo,

Na vertigem, na névoa, no esquecimento que nunca chega,

Louco ficarei, um mártir deste amor que não se apaga.

E, quando a insanidade me tomar por completo,

Estarei livre das convenções, da censura que cala,

Serei um profeta desvairado da verdade,

Bradando, sem rodeios e sem frescura,

A chama que ainda arde, os sentimentos que queimam,

E, com ternura, com saudade, confesso… o meu eterno desejo de falar dela.”

“Quando, embriagado, peço a você que entre no carro,

Com as mãos trêmulas e o coração vazio,

Que você me acenda um cigarro,

É para enfrentar os fantasmas que rondam, que latejam,

Porque, neste fumo espiralado,

Vejo meu rosto e o dela, lado a lado,

Distantes, opostos, mas entrelaçados,

Na mesma insana dança da dor e da embriaguez.”

Eu sei que, como eu, você bebe, fuma e se perde,

Por consequência de lembranças que também te perseguem.

E eu, neste ato louco, encharcado de desespero,

Digo sem vergonha e com gosto:

Eu beberei, eu fumarei, eu chorarei…

Porque, apenas assim, louco ficarei,

Livre da máscara da sanidade, para enfim proclamar

Aquilo que o sóbrio jamais se atreveu a dizer.”

“Ao estado de embriaguez, de loucura que me carrega,

Solto o nome dela, como quem abre uma caixa de espinhos,

Em meu peito machucado, onde as feridas são sombras

E, essas sombras, são todo o meu sustento,

Feridas obscuras que doem e inflamam,

E me levam, sem piedade, ao reino da loucura.

Por isso, sem medo, com cada fibra que me resta:

Eu beberei, eu fumarei, eu chorarei…

E, por consequência, louco serei,

Para, enfim, desafiar a censura do mundo,

E, sem frescura, para poder gritar

Tudo aquilo que me fere, me destrói,

Mas, ao mesmo tempo, me mantém vivo —

O amor, os sentimentos, e a eterna ternura.”

Nesta hiper retórica, a dor da lembrança não é apenas um sofrimento, mas um grito, uma atuação de resistência, um impulso incontrolável que transforma o vício em ritual e a loucura em liberdade.

Aqui, o amor perdido se torna o eixo de uma existência pautada no delírio poético, onde a sanidade é a prisão e a loucura, a única redenção.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 12/11/2024
Reeditado em 12/11/2024
Código do texto: T8195209
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