Sob Lágrimas Contidas
Sob Lágrimas Contidas
Por Geraldo Gabliel
Nesse mar insano, tirano,
velado em silêncio – algoz!
navega a minha inocência -
de ingênua aura - albatroz.
Covardia da Existência, maldade
que ignora o labor de meu ser:
Cala-me na minha razão – se não?!
Mergulha minh´alma no Limbo
Sufoca meu fôlego, e me afaga
Com unhas e dentes – Serpente!
Quisera eu, desde outrora, ter
Ouvido palavras - que ao vento -
Num ímpeto de fé, simpatia, e
Em nota Celeste, e ousadia
Falara ao meu senso, e bom tino:
- Cuidado Valente! Não seja menino!
Pois: - À volta de si, ciranda de névoa
Seduz seu semblante, olhar, caminhar:
E, no palpitar do seu peito, inquieta
Campana de ouro, retine, ressoa.
- Içar Velas Marujo! ao mar, navegar!
Avante! Sete mares, de amores,
O Horizonte, à proa!