Sob Lágrimas Contidas

Sob Lágrimas Contidas

Por Geraldo Gabliel

Nesse mar insano, tirano,

velado em silêncio – algoz!

navega a minha inocência -

de ingênua aura - albatroz.

Covardia da Existência, maldade

que ignora o labor de meu ser:

Cala-me na minha razão – se não?!

Mergulha minh´alma no Limbo

Sufoca meu fôlego, e me afaga

Com unhas e dentes – Serpente!

Quisera eu, desde outrora, ter

Ouvido palavras - que ao vento -

Num ímpeto de fé, simpatia, e

Em nota Celeste, e ousadia

Falara ao meu senso, e bom tino:

- Cuidado Valente! Não seja menino!

Pois: - À volta de si, ciranda de névoa

Seduz seu semblante, olhar, caminhar:

E, no palpitar do seu peito, inquieta

Campana de ouro, retine, ressoa.

- Içar Velas Marujo! ao mar, navegar!

Avante! Sete mares, de amores,

O Horizonte, à proa!

Gabliel Coelho
Enviado por Gabliel Coelho em 05/11/2024
Código do texto: T8190370
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