Ninguém...
Sou folha de papel largada ao vento
Sou a última lágrima da criança abandonada
Sou o último suspiro do condenado
Sou a ideia que nunca será concretizada
Fui jogado no mundo sem minha permissão
Cresci me alimentando de restos de falsas esperanças
Vivi da ilusão do angustiado, este pobre coitado
Morri aguardando a salvação, em um mundo que me excluiu
Hoje percorro um árduo caminho
Estou na divisa entre o Bem e Mal
Será que aqui alguém me encontrará?
Serei escolhido para ser Santo ou Pecador?
Não sei, eu não sou ninguém...