Imersa
Por quê continuo nessa?
Nessa que claramente não há nada
Te olho como um predador
Me julgo como se o tivesse matado
Como se fosse personagem principal da sua história
Mas sou apenas uma câmera
Uma figurante
Te olho como se te quisesse
Te desejo como se pudesse
Eu me odeio
Por quê ainda escrevo?
Palavras ja ficam abstratas
O poema eu já julgo de existir
Questiono,se deveria
Se eu deveria sequer ter duvidado
Se eu que quis enfim me afogar