SOFRIDA AUSÊNCIA

Deponho em suas mãos o meu segredo,

Que sem vaidade ou enlevo,

Questiono a solidão de meu prazer

É que no descortinar do encanto

Me perturbo ao velejar nos mares

Mais soturnos e neles vem esta vontade

De rever você.

E entre sonhos intermináveis,

Volto à vida, sozinha, pensante

E quase enlouquecida tendo em vista

O olhar sombrio incapaz de lhe dizer

Que dentro desse peito amargo

Apenas a ilusão é o meu afago,

Porque esta transporta o meu desejo

De querer sua presença mas não ter.

CRS 10.12.2007

TEACHER
Enviado por TEACHER em 13/01/2008
Reeditado em 12/07/2008
Código do texto: T815853
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