SUI GENERIS
Depois das duas da manhã
Todo silêncio ecoa
Todo ser se cala
Tudo que me atordoa
Eu vejo-te na sala
Meus lábios serrados descansam
Sem paz, das palavras não ditas
Num cemitério repousam
Perecem inauditas
Povoam no meu deserto
Nesse eterno retorno
Esses teus olhos de concreto
Eu não consigo ver mais
Isso me deixa nervoso
As engrenagens estão girando
Mas para onde?
Uma história diferente?
O passado define tudo?
Tudo é tão frágil
E eu não consigo ver a estrada