SUI GENERIS

Depois das duas da manhã

Todo silêncio ecoa

Todo ser se cala

Tudo que me atordoa

Eu vejo-te na sala

Meus lábios serrados descansam

Sem paz, das palavras não ditas

Num cemitério repousam

Perecem inauditas

Povoam no meu deserto

Nesse eterno retorno

Esses teus olhos de concreto

Eu não consigo ver mais

Isso me deixa nervoso

As engrenagens estão girando

Mas para onde?

Uma história diferente?

O passado define tudo?

Tudo é tão frágil

E eu não consigo ver a estrada

Thiago Campos Reis
Enviado por Thiago Campos Reis em 22/09/2024
Código do texto: T8157739
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