Despertar

Dirigia sob a noite

Com meu coração em açoite

Nas paredes escuras

Em fissuras

Perdi meus sentidos

Nos abismos perdidos

Corria, sobrevivendo

Hipnotizada, me perdendo

Tu guiavas

Entre trilhas apagadas

Quando devia subir

Tu me deixavas agir

Quando era hora de descer

Era o ponto de acontecer

Só enxergava a verdade

Quando estava sóbria

Como o choro, a lealdade

E tua palavra fria

Em noites de brilho intenso

Minha alma vagava, densa

Ao teu lado, sem ritmo

Dolorida, perdida no mito

Eu fugia da ilusão

Encantada, sem razão

Tu me levavas

Por ruas apagadas

Quando era para sentir

Tu me fazias agir

Quando era para fingir

Eu só poderia partir

Só via a realidade

Quando estava sóbria

Entre dor e intensidade

Tua palavra era surreal

Deveria te deixar

Mas preciso declarar

Te amo, apesar da dor

Tu és meu sonho em flor

Teu coração, ilusão ou verdade

Eu só via a realidade

Quando estava sóbria.

Felipe M do Carmo e Anastásia
Enviado por Felipe M do Carmo em 22/09/2024
Código do texto: T8157483
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