Não envelheci como o vinho

Adoecido, quase falecido

Envelhecido como queijo coalhado

Sinto dores, sonho amores

Mas se sonhar fosse bom sonhava acordado

E não estaria neste desespero

Busco um jeito de apagar meu pecado

Mas o excesso é culpa e a culpa me consome

Sentindo o flagelo no peito ardendo assustado

Onde foi parar a luz no fim do túnel,

Só vejo tudo ofuscado

Sei que eu precisei perder a visão para ver

Que o preço sempre foi sempre tão caro

E agora eu e você

Eu te encontrei

E eu desajeitado

Busquei meios de expressar o desejo

De ser parte do seu meio mas isto é passado

Você sempre esteve onde minhas palavras

Mesmo acaloradas são frias como a morte

Minha tristeza é a frustração de saber

Que mesmo se eu acender a luz é fraca aqui dentro

É tantos "porque", "não sei", "e se...?"

Que de um sol virei uma lâmpada cedendo

Sem energia para ser visto

Sem ser piada para trazer sorriso

Sem ser música para seus ouvidos

Se nossos caminhos se separarem

Então acho que já sei porque

Eu não queria ser inconveniente

Mas em tantas coisas que eu não queria

Acabei por eu não ser nada

Muito menos eu

Psycho Vincent
Enviado por Psycho Vincent em 11/09/2024
Código do texto: T8149021
Classificação de conteúdo: seguro