Cidade de Asfalto
Em uma rua esburacada,como a alma de um jovem poeta.
O coração amargurado pelas dores da vida, bate descompassado como um relógio mau sincronizado,que marca horas incertas.
O que faria a diferença para iluminar e reformar a estrutura do meu eu?
Tornar compassivos os meus sonhos ou compara-los com os seus.
Minha saúde mental está abalada,o coração dispara rápido como o disparo de uma metralhadora sendo a mais pótente das armas.
A cidade de asfalto, por muitos arquitetada, foi reformada segundo um minucioso projeto.
Esse menino atencioso, observa em seus mínimos detalhes, que a cidade não mudou em nada para completar com a delicadeza dos sentimentos deste jovem poeta.,atropelando nos seus afetos a profundeza da alma.
A cidade de asfalto, está já estaguinada, tenta esconder os seus buracos, mas com o tempo passando rapido, tornam- se suas noites, cada vez mais sombrias,abalando e mechendo com a minha alma.
Caminhando de um lado para o outro, sem olhar para os afetos passados e os sentimentos profundos de um dia vivenciado.
Em silêncio, o coração do jovem poeta chora e o sangue em suas veias , lentamente se esfria.
Os afetos percorridos em caminhos tanto banais.
foram-se como a vida, cheios de obstáculos buscando romper a multidão,através de suas curvas, conduzindo-me a uma destemida jornada para alcançar a luz em meio a escuridão.
A cidade de asfalto, atropela meus sentimentos.
O jovem que se achava grande descobriu que era pequeno.
Marcado pelas cicatrizes de um tempo que não volta atrás
Procura com sutileza, o caminho que traga paz.
Deixando para trás as marcas de esburacados em seu peito
Eleva os olhos aos céus como verdadeiro guerreiro
Não se deixando esquecer , que só as obras de Deus em todos os detalhes será sempre perfeito.
Autoria: Ítalo Gabriel Ferreira De Oliveira